Capítulo 9 

ILHA DE CARBONADO   


こぶしの花

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     Os cinco anos que passaram depois foi época mais felizes na vida de Budori.
Ele foi visitar várias vezes o seu antigo patrão, aquele fazendeiro de barba vermelha para agradecer.
O ex-patrão já estava bem velho, mas ainda estava com muita saúde e disposição para trabalhar.
Ele contou para Budori que uma vez criou mais de 1000 coelhos de pelos longos, outra vez plantou somente repolho vermelho no campo, etc, etc.
Pelo jeito, aquela mania dele de ficar apostando na sorte não havia mudado nada, mas pelo visto, a vida dele parecia estar bem melhor do que antes.

  A sua irmã, Neli ganhou um lindo bebê.
Quando chegou o inverno e o trabalho na fazenda ficou menos atarefado, Neli vestiu seu filho com um traje de um lavrador e trouxe para vsitar Budori, junto com seu marido e as vezes até pousava na casa do Budori.
  Certo dia, um um homem que diz que trabalhou junto com o Budori na fábrica de seda, veio visitar Budori. Ele disse ao Budori que o túmulo dos pais do Budori fica debaixo da grande árvore de kaya (* uma árvore conífera de crescimento lento, nativa do sul do Japão e Coreia do Sul) que localiza no extermidade da floresta que fica próximo à antiga casa de Budori.
O homem contou que, quando aquele dono da fábrica de seda chegou à floresta, em primeiro lugar ele andou pesquisando todas as árvores existentes na floresta, e nessa ocasião encontrou os corpos dos pais de Budori caídos no meio da floresta.
O dono da fábrica de seda não informou ao Budori sobre esse fato, enterrou o casal e fincou um galho de vidoeiro no túmulo.

赤ん坊


  
Assim que soube disso, Budori avisou Neli e juntos foram visitar o local. O túmulo ficava exatamente no local onde o antigo colega de trabalho da fábrica de seda diz.
Budori mandou fazer um lápide de calcário branco e colocou no túmulodos pais. Depois desse dia, toda vez que Budori passava por perto, ele ia até o túmulo dos pais para rezar.

   Era ano em que Budori completou 27 anos. Parecia ano que aquele frio intenso iria chegar.
O Departamento de Meteorologia, com os dados obtidos através das atividades do Sol e condições das geleiras do mar do norte, havia comunicado em fevereiro que haveria grande possibilidade de vir frio intenso.
E a cada dia que passava, essa previsão foi se tornando real. Naquele ano, as flores de magnólia não abriram e no mes de maio caiu chuva com neve durante 10 dias.
Todas as pessoas lembravam da quebra de safra que tiveram nos alguns anos atrás por causa do frio intenso e ficavam apavoradas.
O Dr. Kubo também ficou muito preocupado. Por várias vezes foi encontrar com meteorologistas e agronomos para discutir sobre problema e estudar possíveis medidas. Ele publicou também sua opinião nos jornais, entretanto, parecia que não encontrava uma solução diante da ameaça de natureza que estava-se aproximando.

   Quando chegou o mês de junho e viu que as mudas da oriza ainda estavam meio amarelas e nem brotavam folhas novas nas árvores, o Budori não aguentou ficar mais quieto sem fazer nada.
Pois, se continuasse do jeito que está, certamente surgiria muitas famílias que iriam ficar sem comida e passariam fome nos campos e nas florestas, do mesmo jeito que a família do Budori passou no passado.
  
Budori passou vários dias sem comer e sem dormir, só pensando em solução.
Numa noite, Budori foi visitar Dr. Kubo na casa dele.
 
- Professor, se aumentar o dióxido de carbono da atmosfera, a temperatura vai aumentar?
 
- Sim, temperatura aumentará. Pois, desde que a Terra nasceu, a sua temperatura sempre foi definida pela quantidade de dióxido de carbono da atmosfera.
 
- Se o vulcão da Ilha de Carbonado entrasse em erupção agora, será que ele emitiria quantidade suficiente de dióxido de carbono a ponto de mudar clima?
 
- Isso eu já calculei. Se a erupção acontecesse agora, o gás carbonico emitido pela explosão irá logo entrar na corrente de ar que fica na camada superior da atmosfera e se espalhará rápidamente por toda a Terra. E isso impedirá a dispersão de calor do superifície da terra e da camada inferior da atmosfera, e como consequencia de tudo isso, acabará aumentando a temperatura média da Terra em 5 graus ceusis.
 - Professor, será que não podemos provoca-lo a iniciar erupção agora mesmo?
 
- Podemos sim, mas para fazer esse trabalho, alguém terá que permanecer no vulcão até acontecer a erupção, isto é, essa pessoa não poderá retornar vivo...
 
- Professor, deixe-me fazer este trabalho! Por favor, peça ao professor Pennen para me dar essa permissão.
 
- Não, eu não posso permitir isso. Você é ainda muito jovem e não há quem substitua o seu trabalho.
 
- Tenho certeza que surigirá muitos jovens como eu daqui para frente. Aliás, tenho certeza que aparecerão pessoas mais capacitadas e que farão melhor trabalho, com mais eficiencia e todos irão se divertir muito com eles.
 - Este assunto deve ser discutido com o Professor Pennen, e não não comigo.
Budori voltou para o Departamentoe de Vulcanologia e foi conversar com o engenheiro Pennen. Ele apoiou a ideia do Budori e disse:
 
- Isso é ótima ideia! Mas deixe que eu faço este trabalho. Eu vou fazer 63 anos este ano e esse trabalho seria ideal como minha ultima missão!
 
- Professor, mas este trabalho ainda é incerto. Mesmo que a erupção ocorra com sucesso, ainda há a possibilidade de o gás ser absorvido pela chuva ou pode até ser que não dê certo como planejamos. E se isso vem a acontecer, sem o senhor quem poderia liderar para reexecutar o plano?!
O engenheiro Pennen ficou quieto e sucumbiu à tristeza.

   Após passar três dias, o navio do Departamento de Vulcanologia de Ihatov partiu rumo à Ilha de Carbonado. Ali já haviam instaladas vários torres de ferro e os fios elétricos já estavam todos ligados.
Após todo o preparativo ter sido concluído sem problema, Budori pediu para que toda equipe saissem da ilha com navio e permaneceu sozinho na ilha.
No dia seguinte, o povo de Ihatov viu o céu azul transformar em verde turvo e as cores do sol e da lua mudaram para cor de cobre.
Mas depois de três dias, a clima começou esquentar cada vez mais e no outono daquele ano a safra foi normal. E o destino de inúmeras famílias de Budoris, com seus inúmeros pais e também inúmeros Guskos e Nelis mudaram para sempre, não se repetiram mais o destino que a família do Budori passou, que foi contado no início desta história.
As inúmeras famílias Budoris, puderam passar inverno com comidas quentes, em meio à lareira acesa e muito felizes.

 暖炉     

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 Esta é uma tradução da obra "Gusko Budori no Denki(グスコーブドリの伝記)" do escritor japonês Kenji Miyazawa (1896-1933), feita por alunos do Curso de Formação de Tradutores da Escola Modelo de Língua Japonesa de Mogi das Cruzes. A obra original em japonês poderá ser lida aqui.

 Alunos que colaboraram na tradução:   Bruna Eimy Sinowara, Paula Tahara Pereira, Rafael Yukio Matsui

Coordenação e Revisão feita por: Prof. Kenji Ogawa

Mogi das Cruzes, 12 de maio de 2015

 Site Oficial da Escola Modelo de Língua Japonesa de Mogi das Cruzes


 
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