女学生 A Estudante

女学生キャピトル

Capítulo 2


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   A partir de hoje é maio. Só de pensar que estamos no mês de maio meu coração fica empolgado, sinto feliz. O verão está próximo. No jardim as flores de morango estão floridas. Penso sobre o pai que faleceu e acho esse fato uma coisa místico. É realmente difícil de compreender o que é morte, de uma pessoa deixar de existir, está muito além da minha compreensão. Tenho muita saudade da minha irmã, das pessoas que foram embora, das pessoas que já faz tempo não as vejo. É…, acho que manhã faz relembrar fortemente as pessoas do passado, as pessoas que já se foram. Esse sentimento é tão forte que até parece cheiro de takuwan (conserva de nabo) que invade toda casa de manhã, é realmente duro de aguentar esse momento.         

  Os dois meus cães, Jappy e Ká (eu chamo assim esse cão porque tenho pena dele. Pena em japonês é kawaisô 可哀想 ) veio correndo brincando um com outro. Mandei os dois cães ficarem sentados na minha frente e depois dei bastante carinho somente para Shappy. Os pelos brancos e brilhantes do Shappy é lindo, em comparação, os pelos do Ká é sujo. Eu sei que Ká está morrendo de vontade (se não está quase chorando) de receber meus carinhos, eu sei que ele é um cão deficiente, mas é justamente por isso que não gosto dele, é porque é um cão coitadinho. Eu não suporto Ká porque tenho muita pena dele, e é por isso que maltrato ele. Ele parece cão vila lata, por isso pode ser apanhado per caçadores de cães da prefeitura a qualquer momento, como ele é deficiente nem conseguirá correr para escapar. Ká, vá logo embora para as montanhas, pois ninguém te ama, acho melhor você morrer logo.

ジャッピイ画像

   Veja bem, eu sou uma menina que faço maldade não somente para o meu cão, mas também para as pessoas. Gosto de causar problemas e provocar as pessoas. Realmente sou uma menina detestável. Sento no engawa (縁側*1) e acaricio cabeça do Shappy, olhando para folhas verdes do jardim. Um sentimento de desprezo a mim mesmo começa surgir e me deu vontade de sentar no chão.
  Sou patético mesmo. Me deu vontade de chorar, mas não consigo. Se eu prender a respiração até os meus olhos ficarem vermelho talvez corra algumas lágrimas. Então prendi a repiração, mas não deu certo, não rolou nenhuma lágrima. Será que me tornei uma mulher que nem tem lágrimas? (Que horror!).

   Desistir de chorar e comecei fazer limpeza do meu quarto. Fazendo a limpeza comecei a cantar a música de Tojin Okiti (唐人お吉*2) sem pensar muito. Quando percebi que estava cantando essa música, parei de cantar na hora e olhei em minha volta para ver se tinha alguém ouvindo. Caramba! É muito engraçado isso, pois eu era apaixonada por músicas clássicas de Mozart, Bach, etc., mas veja só, eu estava cantando uma música popular! É hilário mesmo!  
    Falando nisso, agora pouco também, quando estava levantando o futon eu disse “Yoisho!” e agora estava cantando Tojin Okiti. Acho que estou pirando (enlouquecendo). Desse jeito, nem sei que tipo de palavrão estou pronunciando quando estou dormindo. Senti até medo! Mas ao mesmo tempo me acho engraçada. Parei de varrer e comecei a rir sózinha.

  Coloco roupa debaixo novo que terminei de fazer bordado ontem. Na parte de busto bordei uma pequena flor de rosa com linhas brancas. Se eu vestir uma blusa por cima ninguém notará que tem esse pequeno bordado, mas eu sei, e isso me deixa orgulhosa. A mãe está muito ocupada por causa de proposta de casamento (
縁談= endan) de alguém e saiu bem cedo da casa. Ela sempre foi assim, desde que eu era pequena, ela gosta de se dedicar para outras. Eu já até me acostumei com isso, mas fico admirado com a disposição que ela tem, pois não para nenhum momento, sempre está fazendo alguma coisa. Ela fala que o pai sempre foi estudioso, por isso, ela diz que quer se dedicar também como seu falecido marido.
   Bem, apesar que meu pai não era muito chegado com a vida social, mas a minha mãe é oposta do meu pai, gosta de se relacionar e tem ótimos relacionamentos com as pessoas. Os dois eram diferentes, mas tinham muito respeito um com outro. Para mim, acho que eles não tinham essas coisas terríveis de casal, só tinham coisas belas e viviam felizes. Puxa, quem sou eu para avaliar meus pais? Deixa de ser impertinente!

   Coloquei a penela de sopa de misso no fogão na cozinha e até esquentar a sopa fiquei sentada olhando para o bosque em frente da casa vagamente. De repente senti numa fração de segundo, uma sensação estranha que, eu sempre fiz e farei a mesma coisa – ficar sentada na cozinha esquentando a comida e ficar pensando as mesmas coisas – no passado, presente e futuro.
    Sinto esse tipo de sensação de vez em quando, as vezes quando estou conversando com alguém sentada na sala. Meu olhar fica fixado no canto da mesa e não se movem. Só a minha boca está movendo soltando palavras. É nessa hora que as vezes sinto essa mesma sensação.  – acho que é isso mesmo que acontece. Algum dia, eu sentirei a mesma coisa, terei a mesma sensação várias vezes daqui para frente também.
     Mesmo caminhando numa estrada do interior (que eu nunca tinha andado antes), terei a sensação que “eu já andei pela essa estrada”. Na beira da estrada eu pego algumas folhas de feijão e também acharei que já fiz isso algum dia. E sei que presentirei que isso se repetirá por várias e várias vezes também no futuro. Eu acredito nisso.  

田舎道

    Houve também um dia que eu estava tomando banho e olhei sem querer as minhas mãos e pensei que faria a mesma coisa daqui a alguns anos quando eu estarei tomando banho e olho para as minhas mãos.
  Caramba! Isso é realmente muido medonho! Tive uma tarde também que quando estava passando o arroz cozido da panela para ohitsu (recipiente de madeira para arroz cozido), surgiu uma inspiração – puxa, talvez essa expressão é exagerada – passou algo no meu corpo, como posso explicar, era relâmpago de inspiração filosófica. Essa coisa me atingiu de cheio, a minha cabeça, meu coração, tudo e senti que fiquei tudo transparente, parecia que adquiri uma certa tranquilidade, semelhante ao que se sente quando se chega a um certo final, senti que algo estava me ensinando a viver com naturaridade, como tokoroten*3 é exprimido silenciosamente sem provocar nenhum barulho, viver conforme as ondas,
, sem resistência com flexibilidade, com leveza e beleza.
   Bem, francamente dizendo, naquela hora nem tive cabeça para pensar em filosofia, pois você já pensou, ter uma premonição de viver em silêncio como gato ladrão, não é nada agradável, tive muito medo daquilo. Acho que se aquela situação continuasse por longo tempo, teria uma divina possessão, eu seria um Crito. Cristo? Mas um Cristo mulher? Que horror! 

女キリスト

  Bom, como eu não trabalho e tenho tempo de sobra, fico ouvindo monte de coisas todos os dias, de várias pessoas, e isso faz com que a minha cabeça fica cheia dessas informações. Porém, como não consigo me organizar isso, a mina sensitividade fica à flor da pele e pode ser que as informações não processadas na minha cabeça viram monstros e começam a flutuar em minha volta!
   Vou tomar o café da manhã sozinha na sala de jantar. Como pela primeira vez o pepino neste ano. Acho que a cor verde do pepino pronuncia a breve chegada de verão. Na cor verde do pepino de maio eu sinto uma sensação de vizia, dor, irritação e melancolia. Quando eu como sozinha na sala de jantar, me dá uma tremenda vontade de sair para a viagem, quero pegar um trem e partir.
   Pego jornal e leio. Tem fotografia de Sr. Konoe. Será que ele é um bom homem? Eu não gosto de uma pessoa que tem cara igual ele. O que estraga nele é a testa dele. Quando leio o jornal, acho mais interessante ler propaganda de livros. Como o jornal cobra 100 yens, 200 yens por uma linha de propaganda, quem pretende colocar o anúncio no jornal tem que quebrar a cabeça para conseguir criar frases de anúncio que atraia olhar dos leitores. Por isso, as frases de propagandas são em geral, muito bem elaboradas. Acho que não deve haver no mundo inteiro, frases que custa tanto como frases de classificados do jornal. Se pensar assim, fica mais interessante ler os classificados.

洋傘

  Termino de tomar café da manhã, tranco a porta e saio da casa para ir à escola. Eu acho que não vai chover hoje, mas estou carregando a guarda-chuva que minha mãe me deu ontem, pois queria andar com ela. Essa guarda-chuva, a mãe me diz que ela usava quando era jovem. Estou um pouco orgulhosa de andar com uma guarda-chuva “interessante”. Me dá vontade de andar pelas ruas de Paris com essa guarda-chuva. Eu acho que, quando terminar a guerra que está tendo agora, esse tipo de guarda-chuva antiga e bonita voltará a fazer moda. Eu acho que para essa linda 
guarda-chuva, combina bem um chapéu bonnet. Fico me imaginando eu usando um vestido longo de cor pink com gola bem aberta, usando longas longas de seda com bordados pretos e na cabeça um chapéu bonett de aba larga com uma linda flor de violeta. Sim, eu irei a Paris na época de folhas verdes  (junho) para almoçar num restaurante bacana. Fico sentada numa mesa com queixo levemente apoiado com a mão e observo as pessoas que passam pela calçada. Daí, alguém bate de leve no meu ombro, começa tocar a “Valsa de Rosas”…   Ah, isso é muito engraçada, pois na realidade eu só estou com essa guarda-chuva velha. Eu sinto pena de mim mesmo, estou-me parecendo com aquela pobre menina de “A Pequena Vendedora de Fósforos” (obra de Hans Christian Andersen). Pobre vendedora de fósforos, que tal arrancar algumas ervas daninhas antes de ir à escola? 
   Então, resolvo arrancar um pouco de ervas daninhas que tinha crescido perto do portão da casa. Com isso, acho que estou retribuindo a mãe. Mas, por que será que há ervas daninhas que dá vontade de arrancar e outras que quero deixar ali sem mexer, sendo mesma erva daninha? As ervas que acho que são graciosas e as que não são, são iguais, não tem nada de diferente, mas vejo nitidamente a diferença entre as ervas daninhas adoráveis e as que me provoca ira. Acredito que não há explicação lógica para isso, acho que o “gosto de mulher” sempre foi duvidoso mesmo.

  Após arrancar as ervas daninhas por uns dez minutos, fui em direção a ponto de ônibus. Andando pelo estreito caminho no meio do campo de plantação, senti vontade de desenhar. Seguindo o caminho, entro na floresta do templo xintoísta. Eu descobri esse caminho que corta o caminho. Olho para chão e vejo brotinhos de trigos de uns 5 centímetros de altura que havia nascido aqui e acolá. Logo percebi que os soldados do exército passaram novamente este lugar. No ano passado também passaram muitos soldados e cavalos por aqui e descansaram nesta área do templo. Depois que os soldados foram embora, haviam nascido também alguns brotos de trigo aqui e alí, igualzinho agora. Mas os brotos de trigo não cresceram mais que isso. Esses trigos eram ração de cavalos que devem ter caído no chão. Mas como a floresta é escura, não bate o sol direito, os brotos de trigos morrem logo sem poder crescer. Coitadinho dos trigos.

小麦

    Saio do caminho do meio da floresta e começo andar na rua. Quando estava andando perto da estação de trem, fiquei junto com um grupo de operários que estava indo na mesma direção. E o pesadelo omeçou. Esses caras começaram a mexer comigo, falando baboseiras. Eu fico perplexo e nem sei como reagir. Tenho vontande de andar rápido e deixar para trás esse operários imbecis, mas para fazer isso, eu tenho que passar no meio do grupo e não tenho coragem para fazer isso. Mas ficar parado e deixar eles irem na frente requer mais coragem, pois acho que essa atitude significaria desprezo para com eles e pode ser que eles fiquem bravo comigo. Fico morrendo de vergonha e me deu vontade de chorar. Então eu resolvi rir para operários, para eles não percebam que eu estou quase chorabdo. E depois segui atrás deles com uma pequena distãncia, andando bem devagar. Bom, nada de pior aconteceu, mas fiquei com tanta raiva deles, mesmo depois que tomei o trem. Quero me tornar uma mulher forte e pura que não seja abalado com coisas assim.

電車

   Achei uma vaga no banco próximo à porta do trem, resolvi sentar, então coloquei meus materiais da escola na vaga no banco e ia sentar depois de arrumar as dobras da saia. Mas, que coisa, um homem de óculos empurrou meus materiais da escola para lado e sentou na minha vaga!
  - Me desculpe, mas esse é meu lugar.
Ele, apenas deu uma risadinha, abriu jornal e começou a ler, sem se importar comigo!
 Bom, se pensar direito, não dá para saber quem é mais cara-de-pau. Talvez seja eu. Sem outra opção, eu coloquei a minha guarda-chuva e material escolar no bagageiro do trem. Depois me segurei numa alça do trem e fiquei lendo a revista em pé, como faço sempre. De repente surgiu um pensamento.
  Se tirar a leitura de mim, o que seria de mim, que não tenho quase nada de experiência da vida?  Acho que ficarei muito trite, pois eu sou apaixonado por livros, sigo fielmente as dica e os conselhos que estão nos livros. Eu leio um livro, imediatamente me empatizo e concordo com a opinião e idéia exposto nele, e coloco na prática o que eu li no  livro. E quando leio um outro livro, sem pensar duas vezes, eu abandono o que aprendi no livro anterior e agarro na idéia e opinião do novo livro. E não estou nem aí, eu faço o que eu quero. Acho que possuo um dom especial de ficar com as idéias dos outros e adaptar para mim! Mas essa minha “esperteza” e “ardileza” as vezes me faz detestar de mim mesmo.
  Se eu repetisse todo dia os mesmos erros e continuasse passando vexames com isso, talvez eu aprenda e me amadureça. Porém, é bem provável que, mesmo quando cometo os erros, eu devo arranjar desculpa espafarrada para me justificar, fazendo até teatrinho para enganar outros. (Ih, parece que isso também eu já li em algum livro…)
 

    けさから五月、そう思うと、なんだか少し浮き浮きして来た。やっぱり嬉うれしい。もう夏も近いと思う。庭に出ると苺いちごの花が目 にとまる。お父さんの死んだという事実が、不思議になる。死んで、いなくなる、ということは、理解できにくいことだ。腑ふに落ちない。お姉さんや、別れた 人や、長いあいだ逢わずにいる人たちが懐なつかしい。どうも朝は、過ぎ去ったこと、もうせんの人たちの事が、いやに身近に、おタクワンの臭においのように 味気なく思い出されて、かなわない。

たくわん conserva de nabo "takuwan"
たくあん

 ジャピイと、カア(可哀想かわいそうな犬だから、カアと呼ぶんだ)と、二匹もつれ合い ながら、走って来た。二匹をまえに並べて置いて、ジャピイだけを、うんと可愛がってやった。ジャピイの真白い毛は光って美しい。カアは、きたない。ジャピ イを可愛がっていると、カアは、傍で泣きそうな顔をしているのをちゃんと知っている。カアが片輪だということも知っている。カアは、悲しくて、いやだ。可 哀想で可哀想でたまらないから、わざと意地悪くしてやるのだ。カアは、野良犬みたいに見えるから、いつ犬殺しにやられるか、わからない。カアは、足が、こ んなだから、逃げるのに、おそいことだろう。カア、早く、山の中にでも行きなさい。おまえは誰にも可愛がられないのだから、早く死ねばいい。私は、カアだ けでなく、人にもいけないことをする子なんだ。人を困らせて、刺戟する。ほんとうに厭な子なんだ。縁側に腰かけて、ジャピイの頭を撫なでてやりながら、目 に浸しみる青葉を見ていると、情なくなって、土(つち)の上に坐りたいような気持になった。

 泣いてみたくなった。うんと息いきをつめて、目を充血させると、少し涙が出るかも知れないと思って、やってみたが、だめだった。もう、涙のない女になっ たのかも知れない。
 あきらめて、お部屋の掃除をはじめる。お掃除しながら、ふと「唐人お吉」を唄う。ちょっとあたりを見廻したような感じ。普段、モオツァルトだの、バッハ だのに熱中しているはずの自分が、無意識に、「唐人お吉」を唄ったのが、面白い。蒲団を持ち上げるとき、よいしょ、と言ったり、お掃除しながら、唐人お吉 を唄うようでは、自分も、もう、だめかと思う。こんなことでは、寝言などで、どんなに下品なこと言い出すか、不安でならない。でも、なんだか可笑しくなっ て(箒(ほうき)の手を休めて、ひとりで笑う。

バラの刺繍



 きのう縫い上げた新しい下着を着る。胸のところに、小さい白い薔薇ばらの花を刺繍ししゅうして置いた。上衣を着ちゃうと、この刺繍見えなくなる。誰にも わからない。得意である。
 お母さん、誰かの縁談のために大童おおわらわ、朝早くからお出掛け。私の小さい時から お母さんは、人のために尽すので、なれっこだけれど、本当に驚くほど、始終うごいているお母さんだ。感心する。お父さんが、あまりにも勉強ばかりしていた から、お母さんは、お父さんのぶんもするのである。
  お父さんは、社交とかからは、およそ縁が遠いけれど、お母さんは、本当に気持のよい人たちの集まりを作 る。二人とも違ったところを持っているけれど、お互いに、尊敬し合っていたらしい。醜いところの無い、美しい安らかな夫婦、とでも言うのであろうか。あ あ、生意気、生意気。

お みおつけ(sopa de misso)
おみおつけ

 おみおつけの温あたたまるまで、台所口に腰掛けて、前の雑木林を、ぼんやり見ていた。 そしたら、昔にも、これから先にも、こうやって、台所の口に腰かけて、このとおりの姿勢でもって、しかもそっくり同じことを考えながら前の雑木林を見てい た、見ている、ような気がして、過去、現在、未来、それが一瞬間のうちに感じられるような、変な気持がした。こんな事は、時々ある。誰かと部屋に坐って話 をしている。目が、テエブルのすみに行ってコトンと停とまって動かない。口だけが動いて いる。こんな時に、変な錯覚を起すのだ。いつだったか、こんな同じ状態で、同じ事を話しながら、やはり、テエブルのすみを見ていた、また、これからさき も、いまのことが、そっくりそのままに自分にやって来るのだ、と信じちゃう気持になるのだ。どんな遠くの田舎の野道を歩いていても、きっと、この道は、い つか来た道、と思う。歩きながら道傍みちばたの豆の葉を、さっと毟(むしり) とっても、やはり、この道のここのところで、この葉を毟りとったことがある、と思う。そうして、また、これからも、何度も何度も、この道を歩いて、ここの ところで豆の葉を毟るのだ、と信じるのである。



  また、こんなこともある。あるときお湯につかっていて、ふと手を見た。そしたら、これからさき、何年かたっ て、お湯にはいったとき、この、いまの何げなく、手を見た事を、そして見ながら、コトンと感じたことをきっと思い出すに違いない、と思ってしまった。そう 思ったら、なんだか、暗い気がした。また、ある夕方、御飯をおひつに移している時、インスピレーション、と言っては大袈裟おおげさだ けれど、何か身内にピュウッと走り去ってゆくものを感じて、なんと言おうか、哲学のシッポと言いたいのだけれど、そいつにやられて、頭も胸も、すみずみま で透明になって、何か、生きて行くことにふわっと落ちついたような、黙って、音も立てずに、トコロテンがそろっと押し出される時のような柔軟性でもって、 このまま浪のまにまに、美しく軽く生きとおせるような感じがしたのだ。このときは、哲学どころのさわぎではない。盗み猫のように、音も立てずに生きて行く 予感なんて、ろくなことはないと、むしろ、おそろしかった。あんな気持の状態が、永くつづくと、人は、神がかりみたいになっちゃうのではないかしら。キリ スト。でも、女のキリストなんてのは、いやらしい。

おひつ

 結局は、私ひまなもんだから、生活の苦労がないもんだから、毎日、幾百、幾千の見たり聞いたりの感受性の処理が出来なくなって、ポカンとしているうち に、そいつらが、お化けみたいな顔になってポカポカ浮いて来るのではないのかしら。
 食堂で、ごはんを、ひとりでたべる。ことし、はじめて、キウリをたべる。キウリの青さから、夏が来る。五月のキウリの青味には、胸がカラッポになるよう な、うずくような、くすぐったいような悲しさが在る。ひとりで食堂でごはんをたべていると、やたらむしょうに旅行に出たい。汽車に乗りたい。
    新聞を読む。 近衛さんの写真が出ている。近衛さんて、いい男なのかしら。私は、こんな顔を好かない。額ひたいがいけない。新聞では、本の広告文が一ばんたのしい。一字 一行で、百円、二百円と広告料とられるのだろうから、皆、一生懸命だ。一字一句、最大の効果を収めようと、うんうん唸うなって、絞(しぼ)り出したような 名文 だ。こんなにお金のかかる文章は、世の中に、少いであろう。なんだか、気味がよい。痛快だ。

新聞文麿


 ごはんをすまして、戸じまりして、登校。大丈夫、雨が降らないとは思うけれど、それでも、きのうお母さんから、もらったよき雨傘どうしても持って歩きた くて、そいつを携帯。このアンブレラは、お母さんが、昔、娘さん時代に使ったもの。面白い傘を見つけて、私は、少し得意。こんな傘を持って、パリイの下町 を歩きたい。きっと、いまの戦争が終ったころ、こんな、夢を持ったような古風のアンブレラが流行するだろう。この傘には、ボンネット風の帽子が、きっと似 合う。ピンクの裾すその長い、衿えりの大きく開いた着物に、黒い絹レエスで編んだ長い手袋をして、大きな鍔つばの広い帽子には、美しい紫のすみれをつけ る。そうして深緑のころにパリイのレストランに昼食をしに行く。もの憂うそうに軽く頬杖して、外を通る人の流れを見ていると、誰かが、そっと私の肩を叩た たく。急に音楽、薔薇のワルツ。ああ、おかしい、おかしい。現実は、この古ぼけた奇態な、柄(え)のひょろ長い雨傘一本。自分が、みじめで可哀想。マッチ 売り の娘さん。どれ、草でも、むしって行きましょう。
 出がけに、うちの門のまえの草を、少しむしって、お母さんへの勤労奉仕。きょうは何かいいことがあるかも知れない。同じ草でも、どうしてこんな、むしり とりたい草と、そっと残して置きたい草と、いろいろあるのだろう。可愛い草と、そうでない草と、形は、ちっとも違っていないのに、それでも、いじらしい草 と、にくにくしい草と、どうしてこう、ちゃんとわかれているのだろう。理窟はないんだ。女の好ききらいなんて、ずいぶんいい加減なものだと思う。

マッチ売りの少女
“A Pequena Vendedora de Fósforos” de Hans Christian Andersen)
マッチ売りの少女

十分間の 勤労奉仕をすまして、停車場へ急ぐ。畠道を通りながら、しきりと絵が画きたくなる。途中、神社の森の小路を通る。これは、私ひとりで見つけて置いた近道で ある。森の小路を歩きながら、ふと下を見ると、麦が二寸ばかりあちこちに、かたまって育っている。その青々した麦を見ていると、ああ、ことしも兵隊さんが 来たのだと、わかる。去年も、たくさんの兵隊さんと馬がやって来て、この神社の森の中に休んで行った。しばらく経ってそこを通ってみると、麦が、きょうの ように、すくすくしていた。けれども、その麦は、それ以上育たなかった。ことしも、兵隊さんの馬の桶からこぼれて生えて、ひょろひょろ育ったこの麦は、こ の森はこんなに暗く、全く日が当らないものだから、可哀想に、これだけ育って死んでしまうのだろう。


 神社の森の小路を抜けて、駅近く、労働者四、五人と一緒になる。その労働者たちは、いつもの例で、言えないような厭な言葉を私に向かって吐きかける。私 は、どうしたらよいかと迷ってしまった。その労働者たちを追い抜いて、どんどんさきに行ってしまいたいのだが、そうするには、労働者たちの間を縫ってくぐ り抜け、すり抜けしなければならない。おっかない。それと言って、黙って立ちんぼして、労働者たちをさきに行かせて、うんと距離のできるまで待っているの は、もっともっと胆力の要いることだ。それは失礼なことなのだから、労働者たちは怒るか も知れない。からだは、カッカして来るし、泣きそうになってしまった。私は、その泣きそうになるのが恥ずかしくて、その者達に向かって笑ってやった。そし て、ゆっくりと、その者達のあとについて歩いていった。そのときは、それ限りになってしまったけれど、その口惜くやしさは、電車に乗ってからも消えなかっ た。こんなくだらない事に平然となれるように、早く強く、清く、なりたかった。


 電車の入口のすぐ近くに空いている席があったから、私はそこへそっと私のお道具を置いて、スカアトのひだをちょっと直して、そうして坐ろうとしたら、眼 鏡の男の人が、ちゃんと私のお道具をどけて席に腰かけてしまった。
「あの、そこは私、見つけた席ですの」と言ったら、男は苦笑して平気で新聞を読み出した。よく考えてみると、どっちが図々しいのかわからない。こっちの方 が図々しいのかも知れない。
 仕方なく、アンブレラとお道具を、網棚に乗せ、私は吊り革にぶらさがって、いつもの通り、雑誌を読もうと、パラパラ片手でペエジを繰っているうちに、 ひょんな事を思った。
 自分から、本を読むということを取ってしまったら、この経験の無い私は、泣きべそをかくことだろう。それほど私は、本に書かれてある事に頼っている。一 つの本を読んでは、パッとその本に夢中になり、信頼し、同化し、共鳴し、それに生活をくっつけてみるのだ。また、他の本を読むと、たちまち、クルッとか わって、すましている。人のものを盗んで来て自分のものにちゃんと作り直す才能は、そのずるさは、これは私の唯一の特技だ。
本当に、このずるさ、いんちき には厭になる。毎日毎日、失敗に失敗を重ねて、あか恥ばかりかいていたら、少しは重厚になるかも知れない。けれども、そのような失敗にさえ、なんとか理窟 をこじつけて、上手につくろい、ちゃんとしたような理論を編み出し、苦肉の芝居なんか得々とくとくとやりそうだ。
(こんな言葉もどこかの本で読んだことがある)。
Grossário
*1) Engawa (縁側), no Japão, é a denominação dada à faixa tipicamente pavimentada em madeira que ressalta da face das paredes constituídas por portas corrediças (shōji), cujo espaço está sob o beiral do telhado da casa tradicional japonesa.

foto de engawa
縁側

3) Tokoroten (ところてん) espaguete feito com gelatina de alga marinha)
foto de tokoroten
ところてん画像
*2)Tojin Okiti (唐人お吉) é título de um romance escrito em 1928 e posteriormente foi feito filme para cinema e até teatro. Trata-se de uma história baseada na vida de uma gueisha chamada Kiti (1841 – 1890)que viveu na região de Izu (atual Shizuoka-ken). Fez muito sucesso na época por se tratar de um romance baseado na história real e seu final triste.
retrato de TojinOkiti
唐人お吉画像

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