Os Vinte e Quatro Olhos


自転車

3 - A Ponte Mágica
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       O pontal que tem 4Km de extensão e no meio dele havia uma pequena aldeia.
A estrada que contorna a baía, quando chega nessa aldeia atravessa o pontal, segue beirando o mar aberto e vai até o vilarejo e a escola que se localizam na extremidade do pontal. 
    Tornou-se um ritual para a professora que vem da cidade para a escola do pontal e as crianças que saem do vilarejo e vão para escola da cidade, se encontrarem em algum ponto,  pouco antes ou depois que a estrada começa beirar o mar aberto. Se, por acaso, ela e o grupo não se encontrarem nesse ponto, um dos dois tinha que se apressar para encontrar, pois isso significa que está atrasado.
    - Olha aí, é Professora Koishi! - As crianças gritavam quando a viam. Geralmente, eram as crianças que tinham que apressar seus passos para encontrar com a professora, mas as vezes é a professora que tinha que pedalar com mais força para encontrar com as crianças. Quando as crianças veem isso, elas ficavam tão contentes. As crianças viam a professora pedalando com força soando e com o rosto vermelho, gritavam.
    - Olha lá! A professora está atrasada!
    - Vou mandar descontar o seu salário!
  Tinha até criança que ficava na frente da bicicleta. Quando essas brincadeiras das crianças repetiram diariamente, a professora ficou até aborrecida e quando chegou na sua casa, lamentou para a sua mãe.
    - Mãe, escuta só, acho que essas crianças estão exagerando. Hoje me falaram que ia mandar descontar o meu salário! Vesse pode?
    Ouvindo isso, a mãe disse rindo.
    - Ah, larga mão de ser boba! Pra que se preocupar com palavras de crianças? De qualquer jeito, é só um ano. Então aguente, minha filha!

生徒と合う小石先生

    Na verdade, a professora não estava tão preocupada nem incomodada com as brincadeiras das crianças. Depois que acostumou, a pedalada de 8Km de manhã cedo tornou-se prazeroso para ela. Quando chegava no trecho da estrada que corta a aldeia, sem perceber estava correndo mais acerelado e parecia que estava realmente competindo com as crianças, para ver quem iria chegar primeiro no local de encontro. Obviamente, os alunos perceberam essa intenção da professora e também começaram a apressar seus passos.
     Os dias do primeiro período letivo (de abril até julho) passaram-se assim rapidamente, com as competições diárias divertidas.
     Num certo dia, o Otoko Sensei foi até a escola principal e votou à tarde na escola do vilarejo. Lá na escola principal, ele ouviu de outros professores uma coisa estranha. Disseram que os alunos de 5a série acima que vêm do pontal não tiveram nenhum atraso neste ultimo período letivo. Todos da escola sabiam, o quão é difícil caminhar para as crianças, todos os dias 5 Km de distância do vilarejo até a escola principal, portanto, os professores encarregados de lecionar para alunos que vêm do pontal sempre foram tolerantes com os pequenos atrasos dos alunos do vilarejo. Portanto, para os professores, “um pequeno atraso” era coisa aceitável, mas se eles não tiveram nenhum atraso, as crianças mereciam elogios. Os professores da escola principal relatou isso ao Otoko Sensei e elogiou os ex-alunos dele. Otoko Sensei ficou muito feliz ao ouvir elogios como se fosse mérito dele.
     - Pois é, isso deve ser graças a aquela aluna!
 Ele se referia a uma aluna da 5a série, que Otoko Sensei lecionou no ano passado, que se destava bem até mesmo na escola principal. Por causa dessa aluna os 30 alunos que caminham diariamente 5 Km para vir na escola principal não estavam mais atrasando. Mas era engano de Otoko Sensei, pois, os alunos não estavam mais atrasando por causa da competição com a bicicleta da professora.
     Entretanto, nem a professora não sabia sobre esse “efeito positivo” da competição. Só achava que as crianças eram muito esforçadas e pensou consigo mesmo que “tem que aguentar, mesmo que aquelas crianças extraporem um pouco nas brincadeiras”. Ao mesmo tempo, ela elogiou a si mesmo, também por motivo de se dedicar na competição com os alunos .
  “Eu também me esforcei todo esse tempo. Só me atrasei, quando o pneu da minha bicicleta furou. Mas a distância que ando é mais longa, tem 8 Km!”.
     E olhando para fora da janela da sala de aula, lembrou da mãe que sempre encoraja ela. As ondas da baía estavam calmas mas brilhava forte anunciando chegada de verão. Bem distante, na margem oposta enxergava aquele pinheiro bem alto que indica a localização da aldeia da sua mãe. Da janela aberta entrava brisa do mar. Ela sentiu um alívio e felicidade ao lembrar que só falta mais 2 dias para a escola entrar nas férias de verão. A única preocupação dela, era de que os moradores do vilarejo ainda não confiam muito nela. Numa certa ocasião, ela disse sobre isso para Otoko Sensei. Ele abriu boca sem dentes do fundo e riu alto e disse.
     - Ah, conseguir confiança deles? Isso seria muito difícil, apesar de a professora estar fazendo incansavelmente as visitas familiares. O que está impedindo a aproximação da professora e moradores é a sua roupa e bicicleta. Como eles são muito conservados e humildes, sentem-se acanhado e meio embaraçoso diante de você. Eles sempre foram assim.
     A Onago Sensei assustou ao ouvir as palavras do Otoko Sensei. Em seguida ficou vermelha de vergonha, abaixou a cabeça e começou a refletir.
    “Eles querem que eu venha à escola de kimono (roupa tradicional japonesa) o trajeto de 16 Km, ida e volta?" 
Durante as férias de verão ela pensou várias vezes sobre esse problema, porém, antes de chegar a uma conclusão, terminou as férias e iniciou o 2o período letivo.
     Chegou o mês de setembro, mas o calor se intensificou mais após férias, tornando calor escaldante e a professora até emegreceu por causa de tanto calor, no seu rosto também transparecia o esgotamento e canseira.
     Naquela manhã, antes de ela sair da casa sua mãe disse à professora ajudando tirar a bicicleta de dentro da casa.
     - Está vendo? Já passou um terço do ano. É só aguentar mais um pouco, filha!
Era um consolo da sua mãe, para a filha que as vezes reclamava das brincadeiras exageradas dos alunos, outras vezes dos moradores que ainda não confiavam nela. Mas, qual filha que não resmunga para a sua mãe? A professora também é filha de gente.
     - Puxa, eu tenho que continuar aguentando…
    Disse isso e saiu pedalando as pressas a bicicleta, como se estivesse irritada. Fazia algum tempo que não andava de bicicleta. O vento que soprava era agradável, entretanto, só de pensar que tem que começar as aulas a partir de hoje, ela ficava desanimada . Durante as férias, ela e mãe conversou sobre a opção de alugar um quarto no vilarejo do pontal, mas ela desistiu da idéia. Ir de bicicleta até a escola é até agradável de manhã, mas na volta, sob sol escaldante da tarde de verão, parecia uma tortura, era quase insuportável.
    Olhando da sua aldeia, o vilarejo onde fica a escola enxerga bem à sua frente, na margem oposta da baía. Mas para chegar lá tem que dar uma volta pela estrada que contorna a baía. Somado a essa dificuldade, os moradores do vilarejo não gostam de mulher que anda de bicicleta!
    “Mas que raios!”
   Ela não chegou a soltar palavra da boca. Dava até raiva da baía que enxergava à sua frente. Sem perceber, ela começou a pedalar com mais força, como se protestasse contra esses problemas. Hoje as ondas da baía estão um pouco agitadas. Para contornar a baía, primeiramente ela tinha que ir em direção contrário ao vilarejo, para depois rumar para a direção do pontal.
   De repente, ela lembrou que hoje é 210o Dia (nota: chama-se 201o dia, contando a partir de primeiro dia de primavera até o 210o dia no calendário lunar) , é o início da temporada de tempestades e tufões. Talvez, é por isso que as ondas da baía estão mais agitadas e o vento salgado que vem do mar está batendo mais forte no seu rosto. Ela percebeu que os matos do topo da monte que fica no pontal estava balançando por causa do vento.
    “Talvez, o mar aberto esteja bem mais agitada…”. 
    Ficou um pouco preocupada com a mudança de tempo, pois se o vento ficar mais forte, ela terá que descer da bicicleta e empurrar. E se isso realmente for preciso, a bicicleta seria um peso para ela.
   
Mas eu não posso descer da bicicleta agora”. Pensou professora.
   As imaginações começaram a surgir, uma atrás da outra.
    “Ventos, se acalmem!”
    Se eu ordenar como o Alibaba, imediatamente o vento para de soprar e o mar se acalma, como uma lagoa tranquila que acabou de despertar. Se eu apontar com o meu dedo para o mar e ordenar “Coloque um ponte!”, imediatamente o ponte aparece. É um lindo ponte, parecido com arco íris. É um ponte que só eu posso enxergar e atravessar. Vou pedalando devagar para atravessar o ponte arco íris. Não posso ter pressa, se não caio do ponte. Graças a ponte de arco íris, consego chegar ao vilarejo 45 minutos mais cedo que sempre. A minha chegada antecipada vai provocar um alvoroço no vilarejo.
    Quem me vê, adiantava às pressas 45 minutos o seu relógios. E as criançadas – são mais coitadas – pois as mães dão bronca nos seus filhos avisando que a professora já está chegando na escola e que os seus filhos estão atrasadas. Então, os filhos terão que engolir às pressas arroz matinal (café da manhã japonês), mas a pressa era tanto que alguns deles até engasgam comida na garganta. Outros largaram prato sem comer tudo e sairam correndo das suas casas para irem na escola.
     O Otoko Sensei, que acabou de acordar, ao avsitar a professora chegando, vai correndo até o poço para lavar o rosto. A sua velha esposa, também pego de surpresa, sem trocar a sua roupa de dormir, corre fora para acender forno portátil a carvão para preparar arroz matinal do seu marido. Quando eu entro na escola, a velha esposa do Otoko Sensei tenta arrumar a gola da sua roupa de dormiu, dá um sorriso amarelo e depois esfrega disfarçadamente a sua boca e seus olhos. Os olhos dela já não são tão bons, por isso, de manhã sempre tem secreção mucosa grudadas nos seus olhos.
     A imaginação dela se expande quase sem limite, mas a parte final, observações sobre a velha esposa do Otoko Sensei era verdade, por isso a professora deu até uma risadinha. Quando a imaginação fechou a cortina, ouviu-se gritos de longe no meio do som de vento.
     - Koishi Sensei!
Erem grito dos alunos que não ouvia há um mês.
     - Olá!
Ela respondeu animadamente, mas a resposta dela parece que estava sendo arrastada para trás por causa do vento forte. Como ela havia previsto, as ondas do mar aberto estavam bem agitadas. Ela começou a pedalar forte para aproximar logo deles.
     - Vocês estão atrasados hoje! Acho que estão 45 minutos atrasados!
As crianças se aproximaram da Onago Sensei para conversar, matar a saudade, mas quando ouviram as palavras dela, começaram a correr para não se atrasarem. A professora também começou a pedalar com mais força contra o vento.
      O vento estava forte e vez em quando mudava repentinamente de direção, obrigando a ela descer várias vezes da bicicleta para não ser derrubada por vento. Desse jeito, era até possível, ela mesmo atrasar 45 minutos. A aldeia dela, graças a aquele grande pé de pinheiro, estava protegido dos ventos fortes. Mas como o vilarejo se situa na parte estreito do pontal, as casas que situam à margem do mar aberto, eram afetado toda vez que a tempestade chegava e sofria alguns danos. Após descer e empurrar a bicicleta várias vezes na estrada cheia de folhas e galhos caídos que foram arrancadas ou quebrados por vento, a professora conseguiu chegar ao ponto que pode enxergar o vilarejo. Mas quando ela viu o vilarejo ela soutou grito de susto.
      - Mas o que é isso!?
   No vilarejo tinha um pequeno cais, mas alí tinha vários barcos de pesca virados mostrando seus cascos para cima como as costa de baleias. Na estrada também tinha muitos barcos, provavelmente são barcos que não conseguiram prender no cais por falta de espaço. A estrada estava cheia de areia que as ondas do mar jogaram durante a tempestade e não tinha condição de passar montada de bicicleta. Dava uma sensação que tinha vindo num vilarejo desconhecido.
As coberturas de palhas das casas que situam à margem do mar aberto haviam sido parcialmente arrancadas por ventos fortes e os homens já estavam nas coberturas trabalhando para consertar.
      A professora passou por eles, mas eles estavam tão ocupados que ninguém cumprimentou ela. Com muita dificuldade, a professora conseguiu chegar ao portão da escola. Os alunos da 1a série que estavam esperando ela na sala de aula, assim que a viram na janela saíram correndo para o encontro com a professora. Eles estavam empolgados e entusiasmados com a tempestade que passou. Todos começaram a contar com empolgação o que aconteceu ou viu sobre os estragos que a tempestade provocou para a professora. Mas então, a Massuno Kagawa, que é a mais intrometida, começo falar alto como se ela fosse representante de todos para reportar.
      - Professora, a casa de Sonki ruiu como um caranguejo amassado por causa de vento!
Onago Sensei arregalou seus olhos de susto e perguntou.
      - Mas como assim!? E ninguém se machucou?
Ela olhou para seus alunos e viu que o Sonki – Issokiti Okada, estava ali. Ele parecia ainda assustado com o que acontecera na sua casa, mas meneou a sua cabeça como sinal de “tudo bem”.
      - Professora, na minha casa, a alavanca do poço arrebentou e também o rservatório de água de cerâmica quebrou! - Massuno continuou falando e contou os prejuízos da sua casa.
      - Nossa!
      - Na casa de Mii o vento arrancou as portas de madeira da varanda! Não foi isso que aconteceu, Mii? - A Mii – Sanae Yamauti – que é uma menina tímida, quando viu que a professora olhou para ela ficou vermelha de vergonha mas meneou a cabeça também.
      - E outras pessoas, não foram afetadas por ventania também? - A professora perguntou para outros alunos. Aí Massuno chegou maIS perto da professora e puxou a saia dela para chamar atenção.
      - Professora, professora! Tem mais notícias! Na casa de Takeiti que vende arroz, entrou ladrão! Não foi, Takeiti? O ladrão roubou um saco de arroz 60 Kg não é? - Takeiti confirmou balançando a cabeça e disse.
      - A gente descuidou. Numa noite de tempestade, achamos que não tinha perigo. Mas hoje de manhã meu pai percebeu que a porta do depósito estava aberta e havia sumido um saco de arroz. Meu pai até tentou procurar rastro de ladrão para descobrir quem foi que roubou, mas não foi possível.
      - Puxa, que prejuízo! Esperem um pouco que eu vou guardar a minha bicicleta. Depois a gente conversa mais.
     Depois que guardou a bicicleta, ela foi andando para a sala dos professores e ao entrar na sala sentiu que o lugar estava mais claro. Ali, ela levou mais um susto, pois as chapas de zinco que cobria telhado de cima do poço havia sido arrancado por vento e enxergava o céu.
      - Bom dia, Onago Sensei. Conseguiu dormir bem ontem a noite? - Era Otoko Sensei, com o cara de bom humor, coisa rara nele, com uma testeira (bandana) na cabeça. Pelo jeito, ele estava correndo pra lá e pra cá desde manhã cedo para tentar resolver problemas provocados por tempestade. Logo atrás dele apareceu a velha esposa dele enxugando suor com uma pequena toalha e cumprimentou a professora.
      - Bom dia, professora! Acho que aquele pinheiro da sua aldeia quebrou.
      - O que?!
     Ela quase pulou de susto e olhou para a direção da sua aldeia que fica na margem oposta da baía. O pinheiro estava em pé, entretanto, a forma dele estava diferente daquele que estava acostumada ver. Não teve vendaval tão forte, porém, parece que o velho pinheiro perdeu alguns de seus galhos. A professora se sentiu envergonhada de não ter percebido que aquele velho pinheiro centenário, que é o símbolo da sua aldeia tinha sofrido danos também.
   Para piorar, na sua imaginação, ela fez surgiu um ponte de arco íris com a mágica, mexendo o seu dedinho. O ponte de arco íris começava onde tem o pinehiro da sua aldeia até este vilarejo e ainda aproveitou a mágica e fez acalmar o mar. Na imaginação, a chegada adiantada da professora fez com que os moradores do vilarejo adiantassem 45 minutos os seus relógios e provocou uma confusão.
       Mas, quando ela realmente chegou na escola, o Otoko Sensei já havia acordado bem mais cedo, não estava lavando seu rosto afobadamente com água do poço como ela imaginou. Aliás, ele estava trabalhando até de descalço para consertar os estragos e a sua velha esposa já havia acendido o forno portátil a carvão e já havia servido o  arroz matinal para Otoko Sensei e estava até ajudando seu marido.
     “Puxa vida! Acho que eu comecei o primeiro dia do início de segundo período letivo com pé esquerdo...”  Ela lembrou que de manhã, quando se despediu da sua mãe não deu atenção devida para sua mãe e sentiu arrependimento.



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