O Sofrimento de Nascer
生れ出づる悩み

    

Escrito por: Takeo Arishima 
Traduzido por:  Kenji Ogawa

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  Eu me esforçava para que o meu trabalho tornasse sagrado.
Eu me lutava para vencer a fraqueza do meu coração, encorajando-o, para poder abrir um mundo de luz e liberdade, e ali, construir o meu palácio de arte.

Isso, sem dúvida, seria coisa mais feliz para mim, mas ao mesmo tempo, seria também um tremendo sofrimento.
    No fundo do meu coração ardia uma chama – a mesma que as pessoas têm nos seus corações – mas o acúmulo de poeiras também eram enormes. E as poeiras causam má combustão. Mesmo tentando eliminar com todo esforço, parece que nunca conseguia eliminar totalmente para chama acender. E isso me fazia sentia péssimo, miserável.

舞う雪の画像

     Da janela aberta que fica em frente da minha mesa do escritório eu olhava pra a paisagem do campo de plantação. A neve branca estava cobrindo o campo, e me encorajava para continuar a escrevendo.
    Está muito frio, congelante. As folhas do papel pareciam gelo. O sol do inverno cai rapido. O céu muda sua cor, de cinza clara para cinza escura e depois vem a preta da escuridão, era como se tivesse colocado uma tela grande de cor degradê diante dos olhos e olhasse de cima para baixo, olhar de relance. Aluz do dia transformava-se rapidamente em escuridão da noite.
    Para quem não conhece o inverno de Hokkaido, nem teria como imaginar e sentir a solidão que sente ao ver essa mudança brusca. O vento que vem soprando da cratera do Monte Niseko-Annupuri para esta pradaria levanta e espalha os flocos de neve que ficam acumulados no chão.
    Para quem observa, os flocos de neve levantados com o vento parecia remanescências de luz do dia perdida, eles voam e bailam cintilantes com toda energia por algum tempo, mas assim que caíam sobre as neves sólidas acumuladas no chão, imediatamente se tornavam inertes e mortas, mudando também a sua cor para púrpura clara.
    Os flocos de neve que batiam na janela provocavam sons bem tímidos. As demais neves, são todas silenciosas. O bailar de flocos de neves brancas silenciosas fazia quem vê chorar.
   A solidão me domina. Paro de escrever e fico olhando para a paisagem de fora da janela e lembrei de você, meu amigo.


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 船画像


 

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