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走れメロスタイトル   


    Escrito por: Osamu Dazai
     

    第一章画像 Rei  Dionísio

        Melos ficou enfurecido. Decidiu que depostaria aquele rei tirânico e cruel a qualquer custo. Melos nunca entendeu bem da política. Ele era um simples pastor que vivia feliz, tocando sua flauta e tomando conta das suas ovelhas, divertindo com elas. Mas ele sempre foi um homem que não tolerava a maldade.
    Hoje, ele acordou de manhã bem cedo, antes de sol nascer e partiu para a cidade de Siracusa. Andou pelos campos e passou pelas montanhas e chegou a cidade de Siracusa que fica à distância de 10 Ri(*)   do seu vilarejo.
          Melos não tinha pai, nem mãe e nem esposa. Morava apenas com uma irmã de 16 anos. Ela era uma moça tímida, mas estava para se casar com um pastor trabalhador e honesto. O casamento já estava próximo, e portanto Melos resolveu ir à cidade para comprar o vestido de noiva e comidas para a festa de casamento.
    Após comprar tudo o que precisava, Melos estava andando pelas avenidas da cidade.
    Melos tinha um amigo de infância. Ele se chamava Selinuntius e trabalhava como pedreiro em Siracusa. Melos ansiava em visitá-lo pois fazia um tempo que não o via. Porém, enquanto caminhava pela avenida, Melos sentiu uma clima estranho no ar.


    シラクサの街画像


      A cidade estava quieta de mais. O sol já havia se posto e não era estranho que a cidade se escurecesse ao cair da noite. Mas a cidade estava quieta de mais, e isso com certeza, não era por causa do anoitecer. Até o Melos que sempre foi tranquilo e despreocupado começou a ficar preocupado com esse silêncio que dominava a cidade.
    Ao se deparar com um grupo de jovens andando pela rua, perguntou o que havia acontecido. Melos disse a eles que, há 2 anos atrás quando ele havia visitado a Siracusa, a cidade era muito animada e quando chegava a noite, todos cantavam e dançavam até a tarde da noite. Mas os rapazes só balançaram as cabeças ao lado e não disseram nada.
    Melos andou mais um pouco e encontrou um idoso e fez a mesma pergunta, mas desta vez, mais enfático. O idoso também não respondeu. Então, Melos pegou os ombros do velho com as mãos,  sacudiu e repetiu a pergunta. Até que em fim, o velho abriu a boca e começou a falar com uma voz baixa e receosa.
    - É o rei.
    - Rei? O que tem com ele?
    - Ele está matando
    as pessoas. 
    - Por que ele está matando as pessoas?
    - O rei diz que eles estão corrompidos pelo mal, mas ninguém está corrompido.
    - Quantas pessoas o rei matou até agora?
    - Primeiro ele matou o seu cunhado, o marido da sua irmã, depois matou o seu próprio herdeiro, matou a irmã e seu filho, a sua mãe, a imperatriz e enfim o sábio ministro, Sr. Alex.
    - Estou pasmo! O rei ficou louco? 
    -O rei não ficou louco. Dizem que ele fala que não consegue acreditar mais nas pessoas. ultimamente, ele começou a duvidar até mesmo do caráter dos seus vassalos, e quando descobre que alguns deles vivem com mais luxo do que os demais, ele dá ordens para enviar-lhe alguém da família como um refém, para ele sentir mais segurança. Caso se alguém opõe à sua ordem, será crucificado. Hoje mesmo foram crucificados 6 vassalos.
    Ao ouvir isso, Melos ficou furiosíssimo.
     -Já basta! Não vou deixa-lo impune, eu vou matar o rei!

    ディオニュシオス1世画像


        Melos era um homem de raciocínio simples e rápido. Ele entrou no castelo carregando nas costas as compras que havia feito na cidade. Imediatamente ele foi descoberto e detido pelas guardas reais. Foi revistado, e ao encontrarem um punhal escondida na sua roupa, a acusação mudou de um simples "invasor" para um "homem suspeito". Melos foi levado até o rei.
     - Me diga o que você pretendia fazer com este punhal!
    O tirano Dionísio questionou calmamente, porém com dignidade. O rosto dele estava pálido e as rugas entre as sobrancelhas estavam extremamente profundas.
    - Eu vim libertar a cidade de um rei tirano!
    Respondeu Melos sem nenhum receio.
    - Quem é que vai fazer isso? Você?
    O rei riu silenciosamente, com tom de ironia.
    - Vejo que você é um coitado que não entende de nada. Você não entenderia a solidão que estou sentindo.
    - Que absurdo o senhor está dizendo!
    Melos ficou colérico e respondeu.
    - Não acreditar na caráter dos homens é um ato mais reprovável e vergonhoso que existe. O senhor desconfia até mesmo da lealdade de seu povo.
    - Cale a boca !
    O rei ficou irritado e retrucou.
    - Q
    uem me ensinou que desconfiar é a atitude mais correta foram vocês! Não posso confiar no coração dos homens. O ser humano, desde sua origem, sempre foi egoísta, por isso não se pode confiar em ninguém.
    O rei murmurou e depois deu um suspiro e continuou.
    - Na verdade, eu também desejo a paz.
    - Paz? Para defender o seu trono?
    Desta vez, foi Melos que riu debochadamente.
    - Que paz é essa que anda matando os inocentes?
    - Cale-se, seu miserável!
    O rei ergueu a cabeça e respondeu:
    - Criticar e falar coisas bonitas é fácil. Eu enxergo intenções malignas que os homens têm no fundo dos seus corações. Você também não deve ser exceção. Depois de ser condenado à crucificação, não adianta chorar pedindo por perdão para mim que não ouvirei.
    - Ah, como senhor é sábio ! Pode ficar vangloriando quanto quiser, pois eu vim aqui preparado para morrer, por isso jamais implorarei pela minha vida, ...
    Melos não concluiu suas palavras, baixou o seu olhar e após suspirar por algum instante, disse ao rei:
    - Mas se senhor tiver alguma misericórdia, por favor, me dê 3 dias de prazo para a execução. Pois quero abençoar o casamento da minha única irmã. Farei o casamento na vilarejo e prometo voltar em 3 dias.

    メロスの短剣


    - Seu estúpido!
    O tirano riu com uma voz rouca.
    - Você acha que vou cair nessa conversa? Vai me dizer que o pássaro que escapou da gaiola irá voltar na gaiola?
    - Sim, voltará!
    Melos respondeu meio desesperado.
    - Eu cumprirei o que prometo. Por favor, me dê apenas 3 dias. A minha irmã está me esperando. Mas s e senhor não acredita nas minhas palavras, posso propor o seguinte. Nesta cidade mora um pedreiro chamado Selinuntius que é meu melhor amigo. Vou deixa-lo aqui como refém no meu lugar. Caso eu não voltar em 3 dias, pode enforcar o meu amigo. Por favor, aceite essa troca!
    Ao ouvir isso, o rei sentiu crueldade aumentar no seu coração e regozijou-se.
    Que audácia desse miserável para me implorar. Está claro que ele não voltará. Mas seria interessante me fingir que fui convencido por esse mentiroso e deixa-lo fugir. Acho que será um prazer e tanto, depois de 3 dias, executar o pedreiro que diz que é amigo dele. Eu faria cara bem triste e diria para todos que irão assistir a execusão, que e é por isso que não se deve acreditar em ninguém. Quero mostrar isso a todos aqueles que se dizem honestos.” 
    - Pois, bem. Eu concederei o seu pedido. Mande chamar imediatamente esse refém. E você volte daqui a 3 dias, até o pôr-do-sol. E, como combinado, se você se atrasar, eu executarei sem falta o seu amigo. Mas eu aconselho a você chegar um pouco atrasado, aí então eu perdoarei seu crime para sempre.
    - O que o senhor está dizendo?
    - Ha ha ha! Se você tem amor pela sua vida, é melhor que se atrase. Eu já sei o que você está planejando.
    Melos se sentiu humilhado e indginado, mas se segurou e não disse nada.

    星空


        Já era tarde da noite, mas Selinuntius foi chamado até o palácio. Os dois amigos finalmente se reencontraram após 2 anos, em frente a rei tirano Dionísio.
    Melos contou todo o ocorrido para seu amigo. Selinuntius acenou silenciosamente com a cabeça, e abraçou Melos com força. Entre os amigos somente gesto bastava para transmitir os seus sentimentos.
      
    Imediatamente 
    Selinuntius foi amarrado e  levado para a cadeia. E o Melos partiu sem perder tempo. Era início de verão e o céu da noite estava cheia de estrelas .


    Nota: * Ri= medida de distância utilizada antigamente no Japão. 1Ri corresponde a 4Km. 


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